Robert Parker declarou-o “o melhor produtor do Alentejo” e a revista Wine reconheceu-o como “produtor do ano” em 2015. Bastaram duas décadas para que os vinhos da Quinta do Mouro inutilizassem qualquer outra apresentação. Os produtores que alcançam a glória entre a elite mundial dos críticos de vinho são muito raros mas na Quinta do Mouro este reconhecimento é tão frequente quanto justificado. Os seus 27 hectares de vinhas assentam no melhor terroir alentejano, a poucos quilómetros de Estremoz, onde uma mistura de castas autóctones e internacionais - Aragonez, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Syrah - dão origem a uma notável alquimia que cria vinhos de extraordinária qualidade. Poucos poderiam antecipar a série de triunfos que as publicações vitivinícolas apresentariam hoje em dia quando, em 1989, Miguel Louro, com o filho Luís, decidiu plantar as vinhas a que tem dedicado o seu lendário entusiasmo. A enumeração das notas de prova de Parker ou Jancis Robinson pode ser lida como um título de nobreza da antiga aristocracia: 95 pontos para Quinta do Mouro 2009 (Parker), 94 pontos para Quinta do Mouro Gold Label 2011 (Parker), 18 em 20 pontos para a Quinta do Mouro 2008 (Robinson), 18,5 para a Quinta do Mouro Gold Label (2007… É uma série de destaque para um pequeno produtor que, só em 1998, se aventurou numa extensão de marca. Mouro, o seu portefólio inclui uma gama intermédia de produtos denominada Casa dos Zagalos e uma marca mais acessível, mas muito apelativa, denominada Vinha do Mouro. Os vinhos Quinta do Mouro, que tornaram a casa famosa, dividem-se numa prestigiada série: Quinta do Mouro Vinha do Malhó, elaborado com híbridos Cabernet-Sauvignon e estagiado 12 meses em barricas novas de carvalho francês; Quinta do MouroTouriga Nacional, casta da grande casta portuguesa e a Quinta do Mouro Cabernet – Sauvignon, resultado do mesmo processo do pré anteriores. A grande reserva da casa foi batizada, seguindo a tradição alentejana, Quinta do Mouro Gold Label. É um blend excepcional de Alicante-Bouschet com Aragonêz Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon que envelhece de 18 a 24 meses em barricas novas de 300 litros de carvalho francês antes de receber elogios da crítica. Parker diz: “A única questão é quão bom fica. Encorpado e já com alguma complexidade, toma conta do paladar e controla-o (…) Intenso e finalizando com fruta suculenta e muito saborosa (…). Não são apenas vinhos para admirar em degustações. Eles são equilibrados e bem construídos. Eles vão bem com comida. Esta impressionante vinícola do sul tem feito muitos rótulos de primeira linha”. Deve ser um prazer e orgulho para Miguel e Luís Louro ter os seus vinhos descritos com palavras tão agradáveis. Para quem os bebe, ainda há muito a dizer.