No extremo leste do Douro Vinhateiro, junto à fronteira com Espanha, entre as paisagens deslumbrantes do Parque Internacional, encontra-se uma quinta com 150 hectares de vinhas altas que se chama Colinas do Douro. Naquela Quinta, o respeito pela terra e a sabedoria dos homens criaram um portefólio de vinhos elegantes, frescos e minerais que a Crítica mundial logo reconheceu. Clique aqui para consultar todo o catálogo de vinhos portugueses do Douro. O alcance da biodiversidade que se esconde nos intermináveis planos graníticos e falésias xistosas do Parque Internacional do Douro é extraordinário. Na Quinta onde são criados os elegantes vinhos Colina do Douro também podemos observar o Grifo, a Águia Dourada, o Abutre do Egipto, o Veado e o Javali. Quando um produtor de vinho se encontra entre tamanha riqueza de fauna, flora e paisagem avassaladora, não surpreende o respeito quase religioso que desenvolve pelo terroir. É esse respeito sagrado que os vinhos oferecem desde a sua criação. As castas regionais como a Touriga Nacional, a Touriga Franca e a Tinta Roriz – entre as tintas –, ou as brancas Rabigato e Viosinho, atingem uma expressão suprema de frescura e mineralidade. A começar pelo portefólio introdutório dos vinhos Colina do Douro Superior, o tinto apresenta cor cereja madura; aroma de flores, amora e alfarroba. É um vinho equilibrado, envolvente, com taninos aveludados, profundos e untuosos. Contrasta notavelmente com o branco, cheio de frescura, concentrado e ácido, com aromas subtis de laranja, melão e notas de citrinos maduros. Até o rosé, feito com Touriga Nacional, tão aromático, com as suas notas de framboesa, a sua finura, o seu encanto floral revela a melhor expressão do portefólio. Destacam-se também os vinhos monovarietais Verdelho e Reserva. O primeiro, de cor palha, revela fortes notas minerais com flores brancas e verbena-limão. É um vinho intenso, com uma acidez bem incorporada que fermenta em inox durante 20 dias e tem um estágio de seis meses em borras com batonage. É uma surpresa. Caso ainda mais sério são o monovarietal Verdelho e os Reserva. O primeiro, amarelo-palha, revela fortes notas minerais, flores brancas e limote. É um vinho intenso, com uma acidez bem integrada, que fermenta em inox 20 dias e estagiou sobre borras com batonage seis meses. Uma surpresa. O tinto é uma mistura de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinto Cão. É um vinho cheio de carácter que estagiou durante 12 meses em barricas usadas onde adquiriu notas de frutos secos e noz-moscada que se juntam aos aromas primários de fruta e giesta. Muito fresco e mineral, é um vinho com taninos fortes que conquistou, na colheita de 2013, 91 pontos no Wine Enthusiast. O Reserva branco provou ser um vinho notável, muito vivo e muito fino com grande variedade e delicadeza, pronto a evoluir. Uma referência especial deve, aliás, ser feita à Quinta da Pedra Cavada, Grande Reserva Tinto. Feito a partir de vinhas velhas que crescem a 450 metros de altura, combina Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinto Cão num vinho que estagiou em barricas novas de carvalho francês durante quinze meses. É um vinho muito elegante de cor intensa, opaco, nariz complexo com frutos secos maduros, notas de baunilha e especiarias, firme na boca, denso, com volume e um final de boca longo e harmonioso tendo conquistado 93 pontos no Wine Enthusiast. O Douro Vinhateiro, como todos os paraísos perdidos que ainda existem na terra, tem sempre algo de bom para descobrir e celebrar. Entre essas descobertas, destacam-se os vinhos Colinas do Douro por serem a expressão mais consagrada do Douro Superior.