A Quinta do Zimbro é uma das quintas históricas do Douro. Foi um lugar de muitas vidas, de vidas sentidas e vividas intensamente por quem se encantou pela natureza do lugar e pelas múltiplas expressões transferidas para os vinhos que nascem das suas uvas. Ana Hespanhol é a cara e a alma do presente. O seu pai, Manuel Pinto Hespanhol, comprou a quinta em 2003, antecipando, com espírito visionário, o crescimento dos vinhos DOC Douro. Fez parte de uma geração de viticultores que deu um forte impulso e arranque a esta nova realidade na região. Ana, a mais nova das filhas de Pinto Hespanhol, nasceu na Régua, mudou-se para o Porto e viajou o mundo, inicialmente estudando economia, regressando ao Douro. Após a morte do pai, tem passado o tempo entre Alijó e o Tua dedicado à aprendizagem do vinho e da vinha. Desde 2014 começou a produzir vinhos apenas a partir das suas próprias uvas. Reduziu a operação para se concentrar exclusivamente na produção de vinhos dos 13 hectares da Quinta do Zimbro, no Tua. Tem sido um caminho feito de aprendizagem, de questionamento, de fazer mais, de imprimir maior autenticidade e profundidade aos seus vinhos. O caminho tem sido feito pelo árduo compromisso da racionalidade da produção e a convicção no modo orgânico, de proximidade e vínculo com a natureza, tudo para manter a integridade de uma fazenda com características únicas. Os vinhos Zimbro são vinhos com alma, com uma alma duriense feita de vigor e carácter e uma forte carga mineral. São vinhos que revelam um misto de aptidão gastronómica e predisposição para o envelhecimento transversal a todos os exemplares. Além de produzir os vinhos Zimbro, Ana também está envolvida no projeto Grau Baumé, iniciado em 2008 com seu sócio Hugo Mateus e sua irmã. Grau Baumé é um pouco diferente. Tem como mote a produção artesanal de vinhos no Douro em pequena escala. Resulta de uvas compradas a vários produtores nas várias zonas do Douro. Com extrema dedicação da vinha à garrafa, arriscam novas ideias e reinventam-se, ensaiando a influência dos vários solos, exposições, altitudes e castas, transferindo para os seus vinhos as múltiplas personalidades que o Douro possui de forma única. São vinhos de edições limitadas onde limitam as adições, deixam de lado a "maquilhagem" e "ignoram" os filtros. Dos primórdios mais "clássicos" em termos de gama (branco, tinto e rosé), outros foram adicionados, os vinhos brancos curtidores, Uno Orange, outro no caminho da filosofia natural Grau Baumé Undo branco e um ambicioso e incrível Grau Baumé White Long Stage 2017 com 21 meses em carvalho francês e húngaro. E como bem afirmam "estes vinhos acompanham a família e os amigos!"
