Coleção: Quinta do Lagar Novo

Sobre o Produtor

A trilogia composta por vinhos familiares, de propriedade e de assinatura, ilustra este projeto, reconhecido pela diferença e qualidade dos seus vinhos brancos. Sim, vinhos brancos. E como são bons! Este é um projeto onde o vinho tinto não tem lugar. No período da vindima, todas as uvas apresentam uma cor amarela ou amarelo dourado, pois aqui na Quinta do Lagar Novo só há espaço para vinhos brancos. O vinho branco já tinha tradição e reputação distinta quando a Quinta, muito perto de Alenquer, foi adquirida pela família Elias Gonçalves de Carvalho na década de 40 do século XX. Na época, ainda existiam uvas tintas e brancas. Mas os vinhos brancos sempre foram a principal atração sempre que Elias Carvalho vendia seus vinhos aos atacadistas. Eram vinhos complexos elaborados a partir de Fernão Pires e Jampal, vinhos muito aromáticos com uma intensidade aromática fantástica, muito apreciados, por oposição aos tintos mais vulgares. Assim, esta pequena propriedade, que desde 1742 se chama Quinta do Lagar Novo, virou a sua página em 2005, após mais de 30 anos de produção de vinho de mesa. Iniciou-se uma nova era, com a reestruturação e plantação de variedades de vitis viniferas. De facto, não foi possível enganar o destino e os vinhos brancos voltaram a ser a marca da herdade. São apenas 5 hectares de vinha, montados segundo as melhores técnicas vitícolas, sob a orientação do proprietário Luís Elias Gonçalves de Carvalho. Conhecido na indústria como Engenheiro Luís Carvalho, foi nesta Herdade que nasceu e desde jovem se habituou a ver e admirar as vinhas, o vinho, a adega, e desde então sentiu uma forte ligação com este assunto. O destino estava traçado, estava escrito! Assumindo o legado familiar, estudou agronomia, sendo orientado por algumas das personalidades mais ilustres daquela área. Trabalhou no Ministério da Agricultura, seguindo-se trabalhos de multi-viticultura em todo o país, mas sobretudo em Alenquer, onde esteve ligado a um conjunto de projectos diferenciados, reconhecidos pela sua qualidade. Um pouco dessa qualidade decorrente de seus vinhos. A paixão pelo vinho prevaleceu. Era o momento certo para finalizar a experiência, o conhecimento do trabalho que foi adquirindo ao longo do tempo. Afinal foram 50 anos de trabalho laboral. Com base na experiência do passado, com base no conhecimento técnico-científico e na interpretação da ecologia local, não havia dúvidas de que a solução para a obtenção de vinhos de alta qualidade, poderia ter sido apenas através dos vinhos brancos. Um conjunto de conceitos e um conjunto de técnicas fundamentais foram postos em ação para que a qualidade das vinhas, juntamente com os melhores materiais, sejam maximizadas. Mesmo a seleção de variedades era pouco ortodoxa. Além dos nacionais, Arinto e Moscatel, são reconhecidos pelo uso de Viognier, Chardonnay e Marsanne. Este último, bem menos conhecido da grande maioria, sendo poucos, o número de produtores que trabalham com ele. Marsanne é a variedade branca mais popular na região do Rhône do Norte, especialmente no prestigiado Hermitage, área onde os frutos atingem sua melhor expressão. Na Quinta do Lagar Novo aproveita-se a riqueza do paladar cheio e o corpo untuoso. No final, a opção pela seleção de castas recaiu num conjunto de fatores, de elevado mérito enológico, capazes de acrescentar qualidade e distinção ao panorama do vinho branco em Portugal. Afinal, trata-se de um projeto familiar, do qual toda a família participa. Os três irmãos participam ativamente e contribuem. Seus filhos estão atualmente seguindo vários caminhos profissionais em áreas em que suas contribuições podem ser válidas para o negócio. O responsável pela vinificação é o Tiago, a viticultura é do João. Ninguém fica de fora. Destas terras argilo-calcárias fazem-se vinhos brancos estruturados, sem “ostentação” aromática, vibrantes e suculentos, de um potencial incrível para guardar. Um usa apenas leveduras indígenas; boa parte dos vinhos termina a fermentação em barricas de carvalho de alta qualidade. As produções, sempre pequenas, vão de 1200 até cerca de 8000, a maioria é colocada no mercado após um tempo considerável de integração.

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