Grau Baumé é uma escala de densidade utilizada para mostos e vinhos doces que permite medir o grau de doçura, neste caso, do vinho. O produtor Grau Baumé não medirá a doçura e densidade, mas terá em conta a intensidade e o envolvimento com a sua causa: arriscar mais, evoluir, deixar-se prender pelo instinto, progredir sem pretensões mas cheio de expectativas. A história da Grau Baumé começa algures entre 2007 em pensamento e 2008 na realidade, mas o vinho já corria na alma dos fundadores. Ana Hespanhol e Hugo Mateus, de percursos profissionais completamente opostos à ruralidade e ao campo. Ana trabalhou na IBM e Hugo em animação digital e design de vídeo. No entanto Ana, descende de uma família que fez parte da geração de vinhedos independentes que impulsionou o vinho Douro Doc no início dos anos 90 e criou a sua história. Para os enófilos mais experientes e veteranos, a marca Calços do Tanha não lhes será estranha. Para Ana, o trabalho na IBM era interessante, mas sem muito significado. Ela decidiu viajar e, em uma dessas viagens, teve a visão de "ir para o campo" e fazer coisas significativas. Ela e Hugo se envolveram em seu propósito. Eles procuraram e desenvolveram seu lema. Experimentar! Explorar! Aproveitar a imensa diversidade que a região do Douro proporciona. A partir daí, criar vinhos em pequenas quantidades, através de micro-vinificações e muito trabalho manual. Provando e combinando uvas das várias exposições, solos, altitudes, captando as várias personalidades do Douro. Os vinhos não vêm do nada, mas de todos os lugares! Esse é o conceito do projeto Grau Baumé! Para ser feito com o mínimo de intervenção possível, "limite as adições, deixe de lado a maquiagem e "ignore" os filtros. Arrisque mais". Pode-se perceber esse caminho nas criações mais recentes, cada vez mais na direção do “natural”. O lema "É uvas. Mais terra. Mais vontades novas vontades! Vem com mais tempo.", numa atitude que a terra deve ver todos os dias quem cuida dela, deve-se dedicar tempo às uvas, às frutas e. .. risco! "Ao deixar-me guiar pelo instinto, o medo também faz parte da equação!", salienta Ana com os olhos e a boca, a sua introspecção em relação ao projeto. Os vinhos só chegam aos seus apreciadores quando estão prontos. O seu ritmo é obedecido, porque aqui se valoriza a importância da paciência e do tempo. Dos vinhos Baumé Grade, não se deve esperar o clássico ou o comercial. Deve-se fazer uma absorção do espírito deles, de como Ana e Hugo concebem o que o vinho deve ser. No entanto, a qualidade não pode ser menos do que excepcional! E se houver alguma dúvida sobre com que vai bem, basta seguir a sugestão de Grau Baumé, "Este vinho vai bem com a família e os amigos!".