Coleção: Gerações de Xisto
Sobre o Produtor
É um projecto, não uma marca, mas um conceito que nasce da fusão de dois projectos: Chousas Nostras e Vales Dona Amélia, nascidos da forte vontade de jovens descendentes de duas famílias transmontanas (Família Sousa Grandão e Família Lobão ), apaixonados pela sua terra e empenhados em preservar o património rural da família e as tradições herdadas de gerações.
São os protagonistas, Frederico Lobão e Paulo Grandão. Antes da fusão, a primeira dedicava-se ao azeite e a segunda ao vinho, mas sempre fizeram tudo com a matéria-prima uma da outra.
É no remoto Douro Superior, concelho de Vila Nova de Foz Côa, onde os promotores das Gerações do Xisto têm raízes, cresceram, estudaram e vivem, nestas terras marcadas pela dureza do xisto e ao ao mesmo tempo o maior museu ao ar livre de arte rupestre gratuita, hoje Patrimônio da Humanidade.
Os olivais centenários e as vinhas de idade venerável que constituem a essência do projeto, espalham-se por estas terras inóspitas bem no meio da falha tectónica da Vilariça e no final da Meseta Ibérica, um património natural que exalta a plena simbiose entre o Homem e a Biosfera. E esta é uma terra de resiliência e resistência.
O isolamento e as duras condições num local que tem uma amplitude térmica a rondar os 50ºC do verão ao inverno e onde chove muito pouco é uma bênção de valor inestimável para estas gentes que sempre souberam conviver com estas circunstâncias.
Apesar da distância, as pequenas conquistas dão ânimo e coragem para seguir em frente. A aspereza das condições naturais e as altitudes que vão dos 200 metros aos quase 500 metros e que formam uma grande variedade de microclimas, conferem à matéria-prima muita complexidade, o que se traduz num potencial único para a criação de vinhos com perfis que são tão distintos quanto interessantes.
A Gerações do Xisto explora cerca de 16 hectares de olival centenário, ocupando parte do que foi um mortório lavrado e 40 hectares de vinha em parcelas espalhadas pela região. A vinha mais antiga que têm é de 1987, época em que ainda se planta tudo misturado. Existem também algumas vinhas sobreviventes da filoxera a viver ao lado do olival que poderão, no futuro, dar origem a algo especial, pois os testes e experimentações estão sempre em destaque.
Nas castas tintas, privilegiam a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinto Cão e Sousão, nas tintas, pelo seu potencial de estruturação, equilíbrio e frescura, que tornam os vinhos interessantes e complexos. Entre as castas brancas destacam-se o Códega do Larinho, o Rabigato e o Arinto, que conferem aos vinhos frescura, complexidade aromática e um bom equilíbrio entre álcool e acidez.
Cada vinho é uma combinação de várias parcelas. De diferentes altitudes, de diferentes solos e de diferentes variedades. E é o vinho acabado que melhor reflecte todo o esforço e dedicação na sua elaboração, resumindo no copo os acidentes e ocorrências vividas em cada ano.
Com tanto património cultural e natural, não poderia ficar de fora a sua divulgação e partilha, levando à criação do Programa Gerações de Xisto Experience, que oferece provas de vinhos e azeites, proporciona a descoberta e exploração da região e do seu património em Veículos 4x4 e, para os comilões, não falta um piquenique preparado por um chef profissional.
Gerações do Xisto é também um apelo às gerações que resistem e que tudo fazem para resistir nesta terra do interior. Mais do que uma marca, um conceito porque é um conceito que inclui os jovens que procuram fazer algo por si próprios.