Da paixão de um médico e do ineludível talento do enólogo Rui Reguinga, nasceram uma vinha, uma adega e um portefólio. Os seus produtos chegam agora ao mercado, trazendo grande alegria aos aficionados mais exigentes e a quem muito aprecia a cultura vitivinícola da Beira Interior. Da estrada A23 observa-se a magnífica criação do Atelier Rua. Esta é uma das obras mais prestigiadas da arquitetura portuguesa. Este local é o edifício da Adega 23, um monumento à criatividade e dinamismo da região da Beira Interior. Na sua envolvente podem observar-se paredes de cortiça. Unindo-se a ela: uma faixa metálica com formas ímpares coberta por pigmentos dourados. Ao seu redor, as videiras assumem a visão principal. Doze hectares à base de xisto, branco e vermelho. O Arinto, Síria, Verdelho, Viognier e Rufete. Envolvendo a adega, avistam-se Aragonês, Touriga Nacional, Syrah e Alicante Bouschet. Estamos localizados em Sarnadas de Ródão, a 10 quilómetros de Castelo Branco. Todas as uvas aqui foram plantadas depois de 2014. A ambição é algo que vem de outrora. Quando Manuela Carmona decidiu oferecer a esta região a qualidade que merece, só lhe surgiu um plano na mente empreendedora: ir buscar os melhores produtos, que ela de facto encontrou. Rui Reguinga é um dos mais conhecidos enólogos portugueses. Criador de vinhos lendários, um nome familiar de respeito pelo terroir, foi eleito enólogo do ano pela prestigiada Revista de Vinhos em 2009. Conquistou vários troféus e prémios e pode ser muitas vezes visto como juiz de o International Wine Challenge, o Decanter World Wine Awards e o Concours Mondial em Bruxelas. Não é de estranhar que a primeira colheita desta equipa tenha refletido as exigências de quem a criou. O produtor chegou ao mercado pela primeira vez em outubro de 2018. Não demorou muito até que a crítica e os aficionados do vinho elogiassem a sua satisfação com a Adega 23. Portadores do símbolo desta adega, foram lançados 3 vinhos: um tinto, um branco e um um rosé. O primeiro é um blend, composto por Syrah, Alicante, Touriga Nacional, Aragonês e Rufete. A cor granada e o aroma intenso e complexo com notas de frutos pretos, revelam um paladar equilibrado, taninos macios e persistência. O vinho branco combina Verdelho, Arinto, Viognier e Siria. De cor citrina, aroma forte e esfera frutada, é um vinho fresco, com acidez e firmeza adequadas, merecedor de uma medalha de prata na primeira edição dos prémios Vinhos e Sabores. O Rosé combina Aragonês e Rufete num resultado suave e elegante. Com uma textura forte e acidez certa, tem um perfil gastronómico que revela todo o seu encanto, acompanhado de uma boa refeição. É seguro dizer que o forte arranque da Adega 23 é um presságio para coisas boas que virão. As sublimes vindimas vão agora abrir caminho à melhoria permanente da qualidade do vinho desta fascinante região.